As expectativas para 2022 no setor de ovos

O setor de ovos passa por um momento interessante. Afinal, desde que deixou de ser o vilão das dietas, ele vem sendo adotado por vários tipos de consumidores. E as expectativas para 2022 é de que ele passe ainda mais a fazer parte do dia a dia dos brasileiros.

Com esse desenvolvimento dos últimos anos, houve um aumento de 148 unidades per capita anuais em 2010, para 251 unidades em 2020, que pode ser considerado um recorde de consumo. A projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam para novas marcas históricas já em 2021, quando tivermos os números finais do ano.

Isso quer dizer que podemos começar 2022 verificando um consumo projetado de cerca de  255 unidades, com a produção anual superando 54,5 bilhões de unidades. Esse dado é muito importante e revela que este é um setor que, com mais organização e administração da produção e da distribuição, pode chegar ainda mais longe.

Isso se deve muito às campanhas de comunicação sobre os benefícios do ovo nas dietas, para que as pessoas pudessem adotá-lo como companheiro do dia a dia. Embora haja também uma percepção de que a diminuição do poder de compra tenha levado as famílias a comprarem mais ovos, fica claro que não foi somente isso que tornou o produto ainda mais vendido.

Os números do Brasil são importantes porque superam a média mundial de 230 unidades per capita por ano, fazendo com que haja a expectativa de que o

consumo da proteína chegue às 262 unidades anuais.

Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, “temos enfrentado fortes altas de custos de produção e o cenário produtivo não é favorável do ponto de vista competitivo. Mas o custo elevado de outras proteínas coloca o ovo em uma situação vantajosa, reforçado pela posição que a proteína assumiu na percepção do consumidor em relação à saudabilidade do produto. O ovo não é só um produto versátil, popular e gourmet ao mesmo tempo. Ele agora assumiu, definitivamente, uma posição estratégica para a segurança alimentar do país”.