As expectativas para 2022 no setor de lácteos
O novo ano está chegando com muitos desafios para diversos segmentos da economia brasileira. E isso também é uma realidade para o setor de lácteos.
Segundo um estudo do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP, os preços do leite captado têm sofrido quedas, principalmente como resultado da perda de poder de compra dos consumidores. Isso faz com que as margens, que já eram muito pequenas para os produtores, estejam ainda menores em toda a cadeia produtiva.
Porém, embora tenhamos notícias preocupantes, há o que comemorar. Por exemplo, temos a expectativa de exportação de lácteos para o maior mercado do mundo, a China, que deu seus primeiros passos em 2021 para começar a comprar a produção brasileira. Em novembro, de acordo com notícia do Portal Agronegócio UOL, uma cooperativa enviou um pequeno lote para o país asiático, depois mais de 20 anos que não vendíamos nada para lá.
Apostar na estabilização da economia, com o consequente aumento do poder de consumo das famílias, e no crescimento da possibilidade de exportações dos lácteos é o que faz com que tenhamos a possibilidade de observar que 2022 poderá ser um ano de crescimento e de maiores margens para os produtores de lácteos, desde a captação até o desenvolvimento de produtos industrializados.
Para que tudo isso ocorra, no entanto, um dos entraves ainda é a nossa alta carga tributária. Países que têm grande participação no mercado internacional, como a Nova Zelândia, por exemplo, têm impostos muito menores do que os produtores pagam por aqui, tendo, em diversas situações, isenção total.
Por isso, o trabalho no novo ano também passa pela capacidade do setor de se posicionar e pressionar em conjunto o poder público, para que possamos alcançar a possibilidade de ser ainda mais competitivos no mercado internacional.
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