Pescados brasileiros em crescimento no comércio mundial
Os pescados vêm ganhando notoriedade nas últimas décadas graças às descobertas sobre os seus benefícios para a saúde (as boas quantidades de ômega 3, os baixos níveis de gordura saturada, as altas taxas de proteína, etc.), o que faz com que eles possam substituir muito bem a carne bovina e suína, além do frango.
Para se ter ideia do crescimento do setor, ele já possui mais de 160 milhões de toneladas de pescado, advindos da pesca e da aquicultura, segundo estatísticas da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). São números impressionantes. Além disso, em 2020, as vendas brasileiras no mercado internacional cresceram 4,4% de acordo com a Embrapa, totalizando 11 milhões de dólares de volume de negócios.
Atualmente, o pescado é um dos produtos mais são exportados ao redor do mundo. Ele é o setor que mais surpreende com os níveis de crescimento nas exportações em países que ainda estão se desenvolvendo. O Brasil poderia ser um dos que tanto exportam para outros continentes, mas infelizmente ainda não é o caso.
Nosso país possui um enorme potencial para a indústria pesqueira, mas não é explorado como deveria. Os nossos números de produção ainda são bem modestos, principalmente se comparados à capacidade produtiva que temos. É necessário que mais políticas públicas e incentivos do governo aconteçam para que o setor atue melhor.
É interessante notar que uma considerável parte da pesca brasileira (em torno de 31%) é feita de forma artesanal, ou seja, através da mão de obra familiar, com tecnologias menores e mais limitadas. O restante da nossa pesca é feito de forma industrial, com navios potentes, bons equipamentos, etc.
Comissão Nacional de Pesca: o que é e como atua?
Foi devido a essa necessidade de aprimorar e de promover ainda mais o crescimento do setor que a Comissão Nacional de Pesca foi instituída, em meados de 2015. Ela tem como objetivo atuar na esfera política, econômica e técnica do setor de pescados.
Além disso, a Comissão também representa essa indústria em congressos, fóruns e audiências, tanto nacionais quanto internacionais.
O presidente da Comissão deixa claro que a atividade pesqueira é bem mais complexa do que muitos pensam. Ela não é apenas primária, pois também conta com diversas outras áreas e segmentos, como os restaurantes, os supermercados, a indústria de processamento, a indústria de gelo, os fornecedores de insumo, as peixarias, os estaleiros, entre outros.
Estimativas de crescimento
O setor de pescados emprega milhares de pessoas no país, assim como fornece alimento de qualidade e saúde, movimenta a economia e ajuda o agronegócio nacional a se desenvolver. É como se o governo não compreendesse toda essa importância ainda e subestimasse.
As expectativas de consumo do pescado pela população brasileira são positivas. Aliás, não apenas para a população brasileira. A FAO afirma que o consumo da América Latina como um todo deverá aumentar em 33% até 2030.
Além disso, com as novas facilidades de licenças ambientais, quantias de dinheiro destinadas ao setor, liberação de espelhos d’água da União, guias mostrando como a pesca impacta a natureza, etc. tudo aponta para um ótimo futuro para este setor!