O desafio da sucessão nas empresas familiares

O desafio da sucessão nas empresas familiares

Planejar a sucessão tem sido um tema árduo dentro das empresas, principalmente as de gestão familiar. A sucessão é organizar mecanismos de convivência para que a cia se perpetue além de seus fundadores. Não seguir por este caminho é sinal de insucesso e risco. 

As Empresas familiares sempre desempenharam papel importante na economia brasileira e mundial. Entretanto, dados preocupam muito economistas e especialistas: relações mal resolvidas entre herdeiros são causa de 2/3 do encerramento das Empresas familiares. Dados estatísticos revelam que aproximadamente 70% das Empresas familiares não chegam à segunda geração e menos de 10% sobrevivem à transação para a terceira. Já são clássicos e relativamente constantes os casos de verdadeiros impérios familiares que viraram pó, corroídos pelo voraz, e quase sempre mortal, desentendimento familiar. 

Quem não conhece pelo menos um caso de empresas familiares que há décadas eram grandes onglomerados e que por conhecidos conflitos entre os herdeiros levaram o grupo e o nome da família à ruína. Não raro, disputas familiares foram fator desencadeador de vendas ou aquisições de Empresas de renome e osterior o desfazimento do negócio. Nestes casos, o maior problema revelado é a resistência do patriarca a um efetivo planejamento sucessório profissionalizado. Geralmente a transição acaba ocorrendo pelo pior modo possível, a imposição, sendo empossado um herdeiro que não se interessa pelos negócios ou não possui o faro empreendedor de seu pai. Ou então o “dono” deixa que os filhos resolvam essa questão quando ele vier a altar, o queocasiona brigas inconciliáveis que “travam” o andamento da empresa e, quase sempre, são fatais para os negócios. Essa dificuldade ocorre pois o empreendedor sempre enxerga com receio a transição, pensa que já estão o matando, que estão querendo aposentá-lo ou, até mesmo pior, “passá-lo para trás”. Por sua vez, os herdeiros têm extrema dificuldade em conciliar interesses e estipular regras seguras e eficazes de sucessão. 

Muitos acreditam serem empreendedores natos, que entendem o negócio com competência para dirigi-lo. Vaidades, falta de preparo, de competência e de regras bem elaboradas segundo as características de cada negócio, levam a um desfecho conhecido: sua extinção!. Pensar e planejar a sucessão é uma medida importante e deve ser adotada o quanto antes. Regras de transição, estruturadas e estratégicas permitem que os herdeiros se preparem para assumir o negócio com consciência e tranqüilidade, mantendo a saúde da empresa. Planejar é criar regras para que, na ausência do empreendedor, a geração seguinte possa sobreviver; é transferir o poder de maneira ordenada e com o menor custo patrimonial e emocional possível, mantendo a harmonia e a união familiar. 

Este processo fica mais fácil e eficiente quando conduzido por um profissional especialista em sucessão. Essa regra tem sido bem observada pelas grandes Empresas familiares Brasileiras, que optaram por um planejamento estruturado e profissional e ainda estão no controle da companhia.