A nossa luta contra a fraude precisa ser fortalecida

A nossa luta contra a fraude precisa ser fortalecida

Mais uma vez, precisamos destacar a necessidade de combate às fraudes, e isso só é possível com um setor forte, que possa ajudar a tirar do mercado produtos (e produtores) que apresentam riscos para a credibilidade de todos nós. Este é um dos papéis da Assesisp, que trabalha com as informações necessárias para que todos possam ter as melhores práticas, além de atuar em conjunto com o poder público no combate a quem quer tirar proveito de forma desonesta do nosso trabalho.

 

Um dos exemplos que mostram que isso tem ocorrido foi a notícia do início de maio, de que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou ter encontrado amido em requeijão comum e do tipo cremoso sem indicação no rótulo, no comércio varejista, em uma operação que ocorreu em 9 estados (Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).

Os resultados revelaram que nove amostras continham amido, um componente que não estava indicado nos rótulos dos produtos. Essa adulteração é considerada uma fraude econômica, uma vez que os produtos não correspondiam às informações declaradas. As amostras com inconformidades foram apreendidas e os estabelecimentos autuados em processo administrativo específico.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o componente amido só pode ser identificado por meio de análises laboratoriais. O órgão não divulgou as marcas dos produtos afetados, pois o processo ainda está em andamento. Segundo a regulamentação vigente, quando o requeijão possui adição de amido, é obrigatório que essa informação esteja na embalagem como "Mistura de Requeijão e Amido". Caso contrário, para ser rotulado como "Requeijão Cremoso", o produto deve conter apenas leite, creme, manteiga ou gordura anidra de leite como ingredientes.

A descoberta dessas fraudes destaca a importância da fiscalização e do cumprimento das normas estabelecidas para garantir a qualidade e a informação correta aos consumidores. O Ministério da Agricultura continua empenhado em proteger a integridade dos alimentos disponibilizados no mercado e evitar práticas que prejudicam os consumidores e a concorrência justa no setor.