Perspectivas Globais das Proteínas Animais em 2025

Perspectivas Globais das Proteínas Animais em 2025

O ano de 2025 apresenta um cenário de transformação para o mercado global de proteínas animais, com dinâmicas influenciadas por fatores econômicos, políticos e ambientais. Segundo relatório do Rabobank, a aquicultura e a pesca estão prestes a ultrapassar a carne de frango como principais fontes de crescimento no fornecimento de proteínas, marcando um ponto de virada no setor. 

A produção global de alimentos de origem aquática deve crescer 2,3% em 2025, recuperando-se de uma leve queda em 2024 (-0,3%). A carne de frango continuará a crescer de forma consistente, enquanto a produção de carne bovina enfrentará uma contração devido a reduções em grandes regiões produtoras. A carne suína deve registrar um leve aumento (+0,1%), após o crescimento robusto dos anos anteriores, especialmente pós-peste suína africana.

Para o Brasil, as perspectivas indicam uma redução de 1% na produção de proteínas terrestres, alinhada a uma desaceleração global. A China, após um desempenho negativo em 2024, deve apresentar um pequeno aumento na produção, enquanto regiões como Oceania e União Europeia (UE-27 + Reino Unido) devem manter um crescimento mais lento. 

À medida que a economia global tenta se recuperar, políticas governamentais, como tarifas e medidas protecionistas, podem aumentar custos comerciais e restringir o acesso à oferta. Conflitos geopolíticos e militares seguem como potenciais disruptores do comércio global, afetando custos de transporte e frete. Embora as pressões inflacionárias estejam diminuindo, decisões políticas que não acompanhem o aumento da renda podem enfraquecer a demanda do consumidor, impactando negativamente o mercado de proteínas animais.

A gestão de biossegurança seguirá como prioridade para os produtores em 2025. Avanços em vacinas, genética e o uso de tecnologias como inteligência artificial ajudarão a mitigar o impacto de doenças animais, oferecendo soluções estratégicas para os desafios sanitários globais. Em termos de sustentabilidade, o setor precisará equilibrar exigências regulatórias e pressões ambientais. Empresas serão incentivadas a adotar tecnologias emergentes para atender a demandas climáticas, regulatórias e de preservação da biodiversidade. A coleta e o gerenciamento de dados ambientais serão indispensáveis para manter a competitividade e atender às expectativas dos mercados.

As perspectivas para 2025 revelam um cenário desafiador, mas repleto de oportunidades para o setor de proteínas animais. O Brasil, embora enfrente uma desaceleração na produção terrestre, mantém papel estratégico no mercado global, com foco em eficiência, sustentabilidade e inovação.

 

Fonte: Rabobank.